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Perder peso em low carb protege o metabolismo?




De acordo com a literatura atual, o gasto energético subsequente à perda de peso declina, o que predispõe ao reganho de peso (em outras palavras, o metabolismo piora conforme perdemos peso). No entanto, pouco se sabe sobre como a composição dietética influencia essa resposta metabólica a longo prazo. Este estudo multicêntrico realizado nos EUA, concluiu que uma dieta com baixa ingestão de carboidratos e alto conteúdo de gordura pode aumentar o gasto de energia durante a manutenção da perda de peso.

A pesquisa aconteceu entre 2014 e 2017 e utilizou como amostra 164 adultos entre 18 e 65 anos, que apresentavam IMC ≥ 25, ou seja, com sobrepeso ou obesidade. Após a perda inicial de 12% do peso durante 9-10 semanas, os participantes foram aleatoriamente alocados em três grupos, cada qual com uma dieta diferente com base na quantidade de carboidratos (alta, 60%, n = 54; moderada, 40%, n = 53; ou baixa, 20%, n = 57). O resultado final encontrado foi que o gasto energético total diferiu pela dieta, com uma tendência linear de 52 kcal/d para cada 10% de redução da contribuição de carboidratos ao consumo total de energia. Uma possível explicação para tais resultados é que a dieta causaria uma resposta hormonal capaz de alterar o metabolismo global. Grelina foi encontrada em níveis significativamente menores nos participantes da dieta low carb. Além de gerar a sensação de fome, este hormônio se relaciona com a diminuição do gasto de energia e a deposição de gordura. Outra alteração diz respeito à leptina, o hormônio da saciedade, que também foi menor nestes participantes, sugerindo uma melhora na sensibilidade ao hormônio e menor risco de ganho de peso. Vale lembrar que a duração de 20 semanas do estudo é um dado essencial, visto que inclui o tempo de adaptação à dieta low carb. Dessa forma, uma baixa carga glicêmica e uma dieta rica em gordura poderiam facilitar a manutenção da perda de peso. Somado ao incentivo à realização de atividades físicas e a restrição energética total, esses fatores poderiam melhorar a eficácia do tratamento da obesidade.

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