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Os números do diabetes no brasil


Ministério da Saúde divulgou no ano passado os dados do Vigitel 2016 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico.


A SBEM lembra que as informações obtidas pelo Vigitel não têm precisão científica, por serem realizadas por telefone, mas é um indicador, especialmente quando comparado com seus próprios dados em anos anteriores.


Destaques para o crescimento do diabetes e obesidade na população brasileira. Segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão Natal e Belo Horizonte (ambos com 10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,6). Já Boa Vista é a capital brasileira com a menor prevalência de diagnóstico da doença, com 5,3 casos para cada 100 mil habitantes.Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 0,9%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 5,2% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 19,6%. O maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de 27,2%. Já em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de diabetes de 16,5%. O percentual cai para 5,9% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 4,6% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

O Ministério destacou os seguintes pontos:

  • A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%.

  • O levantamento revela que, no Brasil, o indicador de diabetes aumenta com a idade e é quase três vezes maior entre os que têm menor escolaridade.

  • Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%.

  • O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016

Engraçado que o Brasileiro está se exercitando mais, tomando menos refrigerante e mesmo assim está ficando mais obeso e diabético. As recomendações nutricionais atuais dizem que todos nós devemos ingerir 55-60% da nossa dieta em forma de carboidratos. Será que a resposta aos nossos problemas está nessa recomendação?


A Organização Mundial de Saúde publicou, em 2016, um relatório dizendo que, no Brasil, temos mais de 16 milhões de brasileiros adultos (8,1%) diabéticos e que a doença mata 72 mil pessoas por ano. Acesse o relatório na íntegra clicando aqui.

O relatório da OMS conclui que 422 milhões de adultos em todo o mundo viviam com diabetes em 2014, quatro vezes mais do que em 1980. No mesmo período, informa o documento, a prevalência da diabetes quase duplicou de 4,7% para 8,5% da população adulta, o que reflete um aumento dos fatores de risco associados, como o excesso de peso, a obesidade e a inatividade física.


No Brasil, a prevalência do diabetes é de 8,1%, ligeiramente abaixo da média mundial, e é maior nas mulheres (8,8%) do que nos homens (7,4%). O excesso de peso afeta 54,2% dos brasileiros, a obesidade 20,1% e a inatividade física 27,2. A diabetes provoca a morte de 72.200 brasileiros com mais de 30 anos e representa 6% de todas as mortes. O excesso de glucose no sangue é responsável por mais 106.600 mortes por ano no Brasil.


Algo tem que ser feito, e não acredito que seja manter as mesmas recomendações de ingestão de carboidrato dos últimos 70 anos, quando todo esse problema começou. Uma luz no fim do túnel é o estudo PURE (Prospective Urban and Rural Epidemiological Study), que lançou uma publicação em 29/08/2017, mostrando que existe uma associação proporcional entre grandes quantidades de carboidrato na dieta e aumento de mortalidade. O mais importante que este estudo mostrou, no entanto, foi que NÃO HÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE GORDURAS SATURADAS DA DIETA E RISCO DE MORTE POR DOENÇA CARDIOVASCULAR, algo que é a base das recomendações nutricionais atuais, infundadas, baseadas única e exclusivamente em estudos observacionais, QUE NÃO PODEM PROVAR CAUSA E EFEITO, APENAS SERVEM PARA LEVANTAR HIPÓTESES. Portanto, espera-se que, NO MÍNIMO, as recomendações nutricionais atuais sejam reavaliadas à luz da evidência científica. Acesse esse estudo aqui.


Saiba mais em:

https://www.idf.org/e-library/epidemiology-research/diabetes-atlas.htmlhttp://apps.who.int/iris/bitstream/10665/204871/1/9789241565257_eng.pdf?ua=1https://www.endocrino.org.br/numeros-do-diabetes-no-brasil/https://www.endocrino.org.br/minsterio-da-saude-divulga-dados-do-vigitel-2016/http://www.sbemsp.org.br/o-brasil-tem-mais-de-14-milhoes-de-diabeticos/ão importante.

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