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O QUE É PRÉ DIABETES?

O QUE É MAPA GLICÊMICO?

Antes de qualquer coisa, é importante você saber o que é um “mapa” glicêmico. O mapa glicêmico é uma tabela aonde você deve anotar as medidas de glicemia capilar que você faz no seu dia a dia. Cada médico define quantas glicemias e quais deverão ser feitas, mas é certeza que quanto mais você mede, mais compreende a sua doença e melhor será o seu controle.

Para que serve o mapa glicêmico?

O mapa não serve apenas para o médico analisar seu controle. Ele é uma ferramenta muito importante para VOCÊ avaliar o que está acontecendo, como seu corpo reage ao que você come, à atividade física, ao período de menstruação nas mulheres, às infecções como gripes e qualquer mudança na sua rotina. E isso ajuda o seu médico a ajustar a dose de insulina às diversas situações que você vive. Com o tempo, você mesmo pode fazer isso.

 

Olhando para o mapa, você tem a data na primeira coluna. Ela deve ser preenchida em dias seguidos (em geral o ideal é que você meça diariamente, exceto alguns diabéticos tipo 2 que estão muito bem controlados e só usam insulina basal (leia o post sobre diferença entre as insulinas), mas isso depende de cada médico.

A glicemia sempre deve ser medida antes de comer, e para saber se a dose prandial (a que cobre a refeição)  de insulina está adequada, você deve medir 2h após a refeição. Seu médico vai definir quantas glicemias diárias você deve fazer, mas pelo menos 3 dias antes da consulta é recomendado que você meça 6 vezes (antes e 2h após o café, almoço e jantar) e anote tudo direitinho para seu médico. Sempre que você se sentir mal, deve medir a glicemia e anotar no mapa.

 

Quando você mede a glicemia antes de comer e ela vem muito alta 2h depois, isso pode ser devido à uma dose insuficiente de insulina ou à quantidade errada de carboidrato da refeição. Por isso, sempre que uma glicemia vem fora da meta você deve tentar explicar o que aconteceu, escrevendo isso no campo “observação” do mapa glicêmico. Se a explicação for muito longa, pode colocar apenas um número neste campo e escrever no verso do mapa. O importante é você fornecer o máximo de informação para que seu médico consiga analisar o que realmente está acontecendo.

Exemplo 1:

 

Ontem você trabalhou muito e não conseguiu almoçar ao meio dia como de costume, às 12h. Justamente ontem, você esqueceu de levar um lanche e, às 12:30h, teve uma hipoglicemia, de 55mgdL.  Você deve anotar a glicemia no horário “antes do almoço” e explicar no campo observação: “o almoço atrasou”, ou algo que te lembre o que aconteceu de fato para você explicar ao médico. Caso contrário, ele pode pensar que a dose de insulina da manhã está muito alta e reduzi-la, o que não seria a melhor conduta. O certo seria você sempre ter um lanchinho com você caso o almoço atrase, para evitar hipoglicemias.

Exemplo 2:

Sábado você foi a um aniversário e comeu além da conta. Como você ainda não sabe fazer contagem de carboidratos (leia depois o post no blog sobre este assunto), a glicemia subiu muito. O seu médico não tem como saber isso, a não ser que você deixe isso escrito no mapa. Às vezes demoramos 3 meses entre as consultas e é muito difícil você lembrar com detalhes tudo o que te aconteceu.

Não coloque o horário que você mediu a glicemia. Coloque apenas o VALOR DA GLICEMIA nos espaços. O importante é a relação com a comida. Claro que se um dia você acordou meio dia, isso pode alterar toda a interpretação, então você coloca isso no campo “observação”.

 

Lembre-se de perguntar ao seu médico: “qual é a minha meta de glicemia antes e após as refeições?” para você saber o que está acontecendo e não ficar apenas anotando valores que não fazem o menor sentido pra você e tampouco te ajudam a mudar condutas suas que podem estar equivocadas. Sim, o mapa serve para você também agir no seu tratamento, melhorando sua dieta, avaliando como o exercício físico pode ajudar no controle e as precauções que você deve tomar. 

EXEMPLO DE MAPA GLICÊMICO:

* Glicemia após a correção da hipoglicemia com 1 colher de sopa de açúcar em 1 copo d´água.

Teve dúvidas? Converse com seu endocrinologista!

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